No último dia 21 de fevereiro, estiveram reunidos no cursinho pré-vestibular da cidade de Ribamar artistas, produtores, representantes de comunidades tradicionais, mestres e mestras de cultura de toda a cidade para a escolha de seus representantes para o CMPC (Conselho Municipal de Políticas Culturais). O conselho tem como objetivo contribuir para a deliberação, normatização, fiscalização e, principalmente, prestar consultoria para, em conjunto com a Semtur, construir políticas públicas de cultura para toda a cidade. O evento contou com um minuto de silêncio *in memoriam* ao nosso eterno historiador, Antônio Miranda, que nos deixou em janeiro deste ano.
O Conselho é composto por 12 membros titulares e 12 suplentes, sendo 06 da sociedade civil e seus respectivos suplentes, e 06 do poder público e seus suplentes. Dentre os segmentos representados nesta eleição estão: bumba meu boi, literatura, patrimônio material e imaterial, artesanato, audiovisual, música (que retorna aos debates), artes plásticas, comunidade quilombola (de Santana), produção cultural.
A grande novidade deste mandato é a inclusão de um representante dos Centros Culturais no processo decisório, um avanço significativo que reflete a importância crescente desses espaços na região. Alessandra Teixeira, gestora do centro Cultural Casa Gamela, é a representante eleita do segmento, que atuará por 02 anos buscando diálogo para o segmento.

Alessandra Teixera, Gestora do Centro Cultural Casa Gamela/ foto ACervo pessoal
Atualmente, há um expressivo crescimento no número de centros culturais, com aproximadamente 07 sediados apenas na área central da cidade, além de diversos outros distribuídos pelos municípios vizinhos e zonas rurais. Esses espaços têm se consolidado como polos dinâmicos de produção, difusão e acesso à cultura, desempenhando um papel fundamental no desenvolvimento sociocultural e econômico da região.
Os centros culturais oferecem uma ampla gama de serviços e produtos, que vão desde atividades artísticas, como exposições, oficinas, apresentações teatrais e musicais, até programas de formação e capacitação para novos produtores, artistas e gestores culturais. Além disso, muitos desses espaços funcionam como pontos de encontro para a comunidade, promovendo o diálogo intercultural, a preservação de tradições locais e o fomento à inovação criativa.
A inclusão de um representante desses centros no mandato não apenas reconhece o seu impacto, mas também garante que suas demandas e perspectivas sejam consideradas nas políticas públicas, fortalecendo a cadeia produtiva da cultura e ampliando o acesso da população a bens e serviços culturais. Essa iniciativa representa um passo importante para a consolidação de uma gestão mais democrática, participativa e inclusiva, alinhada às necessidades e potencialidades da região.
O secretário de Cultura, Sr. André Cruz, ressaltou que confia que, nos próximos meses, com a contribuição do novo Conselho, o Plano Municipal de Cultura (PMC) refletirá toda a produção cultural e artística que a cidade merece. Ele também destacou que 2025 será um ano promissor para as artes e a cultura ribamarense.
Da Redação
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