O problema central
aconstrução de uma sociedade plural perpassa pelo conhecimento das variáveis culturais de todos os segmentos que a compõe. Dessa forma, a Constituição Federal em seu artigo 215, caput, assegura:
Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais. 1988( Grifou-se)
A partir de uma observação empírica das atividades culturais disponibilizadas em São José de Ribamar, notadamente dos bairros do Barbosa, Campina, Vieira, Cruzeiro, Moropoia e Outeiro, todos na área central do município, constatou-se a a insuficiência de ações culturais e de espaços de Arte e Cultura, e portanto a omissão do Estado na garantia dos Direitos Culturais dos cidadãos deste território
II
os poucos equipamentos observados são mantidos pelo poder público municipal, a exemplo do Centro de Cultura e Turismo “Alcione Ferreira” e Biblioteca Pública Municipal “José Sarney”. Além destes, destacam-se espaços como a Academia Ribamarense de Letras, a Biblioteca Farol do Saber, (parceria da prefeitura municipal com o governo estadual), e iniciativas privadas como a Galeria Alberico Mouta, o Ateliê Uendell Rocha, e associações folclóricas como os Bois de Ribamar, Tremor da Campina, Brilho da Lua, a Associação Folclórica e Cultura Alto de São Benedito, Tambor de Crioula Afro Aruanda, entre outros. No campo das Artes Cênicas, além de ações pontuais como a Via Sacra, não foram observadas outras atividades. E curiosamente, dois grupos de Teatro reconhecidos nacionalmente, o Teatrodança e o Xamateatro, embora tenham sede em São José de Ribamar, apresentam-se em São Luís. Não há teatro (edificação) no município.
III
nessa esteira, tem-se um problema delineado: a insuficiência de equipamentos culturais no Município de São José de Ribamar, agravada pela inexistência tanto de uma relação de pertencimento entre a comunidade e os poucos equipamentos disponibilizados, quanto de uma intersecção destes equipamentos com os eixos da educação, da sustentabilidade e com os princípios da economia solidária.
Assim sendo, propõe-se a criação de um Centro Cultural de natureza privada, que venha somar com os equipamentos já existentes, alicerçada nos pilares anteriormente definidos, a produção e difusão cultural, a arte educação e a economia solidária,. de forma a oportunizar espaço a artistas iniciantes, amadores e profissionais, e sobretudo democratizar o acesso aos bens culturais, assim como reconhecer e fortalecer a economia gerada pela cultura.
